Zampogna é um instrumento antigo que remonta até mesmo à era dos samnitas, o nome deriva do termo grego symphonia. Na clássica idade média foi classificada como uma derivação da flauta do deus Pã, e foi nomeada em latim por utriculus (pequeno odre), palavra latina que também significa útero materno. O imperador romano Nero estava entre os intérpretes conhecidos da antiguidade.
A zampogna já foi um passatempo dos antigos agricultores e pastores do interior da Itália central, de tão utilizado passou a ser considerado o símbolo da cultura agro pastoral. Um curiosidade interessante é que o instrumento foi usado em tempos de guerra pelos romanos, o exército tinha um repartimento de 'zampognari', porque o som assustava os cavalos das milícias opostas.
Hoje os únicos artesãos da gaita italiana sobrevivem em Molise na Itália, com oficinas que funcionam de forma completamente artesanal, é um grande trabalho de carpintaria. Como mencionamos acima, a zampogna é um instrumento musical derivado da flauta de Pã medieval, se parece muito com a gaita de foles irlandesa e existem vários tipos de gaitas de fole que se diferenciam em detalhes como: quanto ao tipo de palheta (simples ou dupla), tipo de alimentação (boca ou fole), a presença de palhetas (uma ou duas) e seu comprimento (coxo com palheta esquerda curta ) e, finalmente, à forma dos próprios tubos (cilíndricos ou cônicos).
A cidade de Scapoli em Molise é famosa internacionalmente pela produção de zampogna que consiste em: uma palheta ou cana dupla (ou bico); de uma bolsa de couro; por uma cabeça de madeira fixada à pele; de 3 hastes. É de fato, um dos poucos lugares na Itália onde a tradição da gaita italiana ainda existe, conservada em um museu de 3 andares no alto da cidade, rodeado pela natureza, história e tradição, arte, cultura e gastronomia que há séculos vivem a cidade em uma harmonia profunda e cativante.
Nós já filmamos um dos festival em Scapoli, de grande importância gastronómica para região, também mostramos a cidade parte do museu da zampogna, veja abaixo:
Não é raro você andar por Molise e se deparar com alguém tocando zampogna pelas ruas, a região tem as características ideais para o turismo cultural de qualidade e para uma experiência fora dos circuitos turísticos oficiais.
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