Toquinho e Rivelino são dois ítalo-brasileiros com seus antepassados nascidos em Molise. Sim, essa pequena e pouco conhecida região italiana é berço de grandes ídolos e personalidades mundiais.
Toquinho
Toquinho tem pais nascidos no Brasil, contudo seu avô paterno era na verdade natural de Toro, em Molise, e a avó paterna nasceu na Calábria, já os avós maternos, em vez disso, vieram de Mantova.
Toro é uma pequena vila na província de Campobasso, que no século XIX sofreu uma abrupta onda de imigrações, nessa época os fazendeiros de Toro foram para Buenos Aires, São Paulo e Nova York. No exterior nasceram celebridades mundiais como o cantor brasileiro Toquinho e o diretor americano Steve Martino.
Toquinho foi um dos principais responsáveis pela divulgação da música popular brasileira da época em terras italianas e de estreitar os laços entre o Brasil e a Itália.
Em sua homenagem em 2008 o “Festival Toquinho Toro”, uma iniciativa que contou com a participação ativa de toda a comunidade. A visita de Toquinho a Toro despertou grande emoção em todos, que o acolheram com muito carinho, retribuindo a sua humildade e o desejo de conhecer as suas origens que o levaram a visitar a pequena vila de Molise. Nesse mesmo ano os cidadãos de Molise receberam em 30 de julho um show de Toquinho na Piazza San Mercurio, em Toro. Nesse ano o artista recebeu cidadania honorária e um passaporte dourado.
Em 2010 o festival foi promovido pelo Ministério do Patrimônio Cultural e pela Embaixada do Brasil em Roma, e se tornou um evento que geralmente cai no mês de julho de cada ano e que atrai a atenção de muitos artistas e um grande e variado público.
Toquinho na Itália, principais passagens:
Toquinho iniciou sua carreira no Brasil, e na década de 1970 precisou deixar o país para escapar das pesadas consequências do golpe militar que limitou a liberdade de expressão. Junto com Chico Buarque desembarcou na Itália que se tornou sua segunda casa.
Em 1969 se tornou popular na Itália com o seu primeiro disco gravado no país de seus avós intitulado: La vita, amico, è l'arte dell'incontro. Feito por Sergio Endrigo, Vinícius de Moraes e Giuseppe Ungaretti, no ano seguinte (1970) colaborou com Ennio Morricone na realização do álbum Per un fugno di samba de Chico Buarque de Hollanda.
Na Itália trabalhou com Vinícius de Morais, Sergio Endrigo e Sergio Bardotti e Ornella Vanoni. Gravou dezesseis discos com Vinícius de Moraes e outros discos em colaboração em particular com a italiana Ornella Vanoni (La voglia, la pazzia, l'incoscienza, l'allegria).
“Não conheço cantora italiana que cantou melhor do que Ornella Vanoni em (La voglia, la pazzia, l'incoscienza, l'allegria).
(Toquinho)Em 83 lançou na Itália o álbum Aquarello, aclamado tanto na Itália quanto na América do Sul onde foi publicado com o título Aquarela. Neste disso ele inseriu um cover em português da canção italiana de Pino Daniele: Tutta 'n'ata story.
Em 1990 participou no Festival de Sanremo cantando em português a canção de Paola Turci Graças a Deus, cujo título era Nas asas de um violão.
Toquinho tem imensa importância no cenário musical italiano, brasileiro e mundial. Auxiliando ativamente na propagação da MPB, Bossa Nova e Jazz, além de produzir álbuns e turnês ítalo-brasileiros que foram grande sucesso.
Em 2017 recebeu a Grande Ufficiale dell'Ordine della Stella d'Italia, pelo mérito particular em promover as relações de amizade e colaboração entre a Itália e o Brasil.
Em entrevista Toquinho já pronunciou : “l’Italia sarà sempre presente sulla mia agenda lavorativa e su quella dell’affetto” (A Itália estará sempre presente na sua agenda de trabalho e em seu coração).
Rivellino:
Roberto Rivellino é um grande atleta brasileiro, com origens molisanas. Nascido em São Paulo, Brasil, em 1 ° de janeiro de 1946, de família originária de Macchiagodena (Isernia), onde o sobrenome ainda está particularmente presente. Com seus genitores nascidos na pequena cidade em Molise, que também teve uma grande imigração e muitas famílias foram para o Brasil.
Aqui na Itália ele é especialmente lembrado pelos lances livres, muito poderosos, de esquerda. Meio-campista dotado de uma técnica surpreendente, também despontou no drible, como um bom brasileiro. Dono da ''patada atômica'' Rivellino já tinha vindo à Itália mas contudo somente aos seus 64 anos, que o meio-campista da vitória da Copa do México de 70 voltou à Itália, veio visitar Macchiagodena, país de onde seus pais emigraram após a guerra.
O convite partiu da província de Isernia, em 2010 Rivellino veio a Molise para participar da Settimana dello Sport, na ocasião ele foi recebido pelos presidentes da província e do esporte regional na Fonte del Benessere Resort Centro Messèguè em Castelpetroso.
Ao conhecer a cidade natal de seus pais ele disse: ''Meu pai, que morreu há 7 anos, ficaria feliz em saber que sua terra se lembrou de mim e queria me homenagear com a cidadania''.
Um brinde rigorosamente com vinho molisano, Rivellino demonstrava vontade de conhecer o máximo possível os costumes e tradições de Molise. “Já estive duas vezes na Itália, sempre a trabalho, mas nunca pude visitar esta terra, que só conhecia pelas histórias dos meus pais. Lembro com carinho a faixa que os meus conterrâneos me dedicaram, a 9 de junho de 1973, quando em Roma jogou o amistoso Itália - Brasil”. Na faixa estava escrito: "Macchiagodena saluta Rivellino, ma tifa Italia" (Macchiagodena saúda Rivellino, mas torce pela Itália).
Quando o ex-jogador perguntou de onde veio a ideia de convidarem ele para conhecer a região o Conselheiro Ângelo Iapaolo respondeu prontamente: “Para nós és uma lenda. E já há alguns anos, graças a um projeto do meu conselho que outras coisas que ele também lida com a emigração, estamos redescobrindo todas as maiores personalidades Molise que emigraram para o mundo há dois anos o Professor Ph. D. Gregory Dell'Omo, presidente da Universidade Robert Morris em Pittsburg, recebeu a cidadania ".
E ai, vocês gostaram de conhecer as origens desses dois grandes ídolos ítalo-brasileiros? Compartilhe com seus amigos e seja você também um descobridor de Molise.
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